sábado, 8 de junho de 2013

Memórias Celulares


Onde ficam as nossas memórias? Onde ficam registradas as lembranças daquilo que vivemos?

Você deve estar pensando que é no cérebro. Sim?

Pois bem! E se eu dissesse que não é apenas no cérebro, mas também em outros órgãos do corpo? É, há novos conhecimentos chegando por aí. O livro Memória das células traz novidades. Ele foi escrito por um Professor Doutor da Universidade de Harvard. Ele sofria de problemas cardíacos e teve de se submeter a um transplante de coração aos poucos, após o transplante, começou a ter pensamentos estranhos. Aos poucos foi percebendo que esses pensamentos poderiam ser memórias. Aí, como alguém que tem doutorado, é um cientista, foi pesquisar. E fez um estudo com um determinado número de pessoas transplantadas. Alguns não perceberam mudança nenhuma, nenhum pensamento estranho após o transplante. Outros, como ele, tiveram. O autor, Paul Pearlsall, entre tantos relatos, conta uma história...

Uma moça recebeu um transplante de coração. Não sabia quem havia sido a pessoa doadora. Tudo correu muito bem, a não ser... A moça começou a ter pesadelos. Neles, ela estava num beco onde era atacada e morta por um homem. Então foram atrás de informações. Descobriram que a doadora era uma moça que havia sido atacada, estuprada e morta... Num beco. Chegando àquele bairro, a moça que recebeu o transplante reconheceu o bairro e o beco nos quais nunca havia estado. E mais... Reconheceu o homem que a atacava nos pesadelos. Preso, o homem confessou o crime.

A conclusão? É que o coração transplantado carregava consigo as memórias de “sua dona”.

Os novos estudos estão indicando que as memórias estão nas células. O DNA leva as informações físicas consigo.
Vai levar as informações de como vou ser fisicamente: alto, baixo, loiro, moreno, olhos castanhos, verdes ou azuis. O RNA, presume-se, pois ainda não há comprovação científica, traz memórias de situações vividas. Um exemplo pode ser o de um gato. Quem o ensina a enterrar suas fezes? E quem ensina o cachorro a urinar no poste e, para isso, erguer a pata? Onde está esta informação?

Outras conclusões estão esclarecendo hipóteses antes levantadas. Além das informações acima, surgem mais questões. Como as células carregam consigo memórias, o que acontece conosco, com o nosso corpo, muitas vezes é resultado de nossas escolhas. A maneira como vivemos, nossos hábitos e nossos pensamentos vão interferir no estado de saúde de nossos órgãos do corpo e em nossa saúde. E mais, nossos descendentes podem carregar nas suas células memórias vividas por nós. É de cair o queixo!

Então, de novo, cuidado como você vive. Cuidado com o que você pensa. Isto tem conseqüências diretas para a sua vida. Você carrega tudo isso em suas células, numa memória  que pode ser eterna...

Pense nisso...




Fonte: www.oprogressoonline.com.br
1º de outubro de 2010